Now you see me
Dirigido por Louis Letherier e escrito por Ed Solomon e Boaz Yakín. Esse é o “mot” do filme que no Brasil recebeu o nome de Truque de mestre (nome bem adequado pela originalidade e genialidade com que foi escrito e dirigido). Classificado como mistério, thriller e policial o filme tem a duração de 1 hora e 55 minutos, e conta com atores renomados como Morgan Freeman (sempre excelente), Wood Harrelson e Mark Rufalo (o Hulk de Os Vingadores).
A história começa quando quatro mágicos (três homens e uma mulher) comuns e sem grande sucesso recebem uma espécie de convite para comparecer a um determinado local, num determinado dia e numa determinada hora.
Curiosos e “sem nada a perder” eles comparecem ao local, no dia e hora marcados. E descobrem que todos receberam o mesmo convite em uma espécie de carta de baralho em tamanho ampliado, onde aparecia uma denominação diferente para cada um deles: o eremita, a morte, o amante e a sacerdotisa.
A partir daí, eles se unem seguindo instruções de alguém não identificado, aprimoram seus conhecimentos e habilidades mágicas e começam a fazer uma espécie de turnê, passando a serem conhecidos como Os quatro cavaleiros (The four horsemen). Cada um domina uma habilidade específica (de ilusionismo a hipnose).
O filme dá um grande salto no tempo e já mostra Os quatro cavaleiros fazendo o primeiro grande show, que é iniciado com a seguinte frase: “Hoje, roubaremos um banco”. E é o que realmente fazem: em um truque de mágica feito no palco, conseguem roubar um banco em Paris. O crime intriga toda a plateia e polícia. Menos Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), um experiente mágico que agora dedica sua vida analisando e revelando, em um programa de televisão, como os outros mágicos realizam seus truques (com isso ele ganha muito mais do que ganhava quando fazia mágicas). Por causa de suas habilidades, ele é contratado pela polícia como uma espécie de consultou para ajudá-los a entender o que aconteceu realmente no dia do show. Já que a polícia não consegue provar como os mágicos em um palco conseguiram roubar um banco em outro país.
E assim segue: os cavaleiros realizando shows e crimes e a polícia, sob o comando do policial Dylan Rhodes (Mark Ruffalo), junto com Bradley tentando to chegar à frente deles para frustrar seus planos.
Mas, os cavaleiros, bem instruídos e ensaiados, estão sempre dois passos à frente de todos. Até do empresário deles o qual eles roubam “descaradamente”, durante outra apresentação. Isso causa revolta e faz com que o empresário também recorra a Bradley na esperança de “ir à forra”.
Muita emoção e suspense tomam conta do resto do filme. Principalmente pela genialidade com que os truques de mágica são executados e a maneira como as cenas de ação desenrolam-se.
No show de encerramento da turnê, do alto de um prédio, eles fazem chover dinheiro (roubado claro). É uma cena digna de um final com “chave de ouro”. Eles agradecem ao público, despedem-se e fazem chover dinheiro, enquanto correm fugindo da polícia. O dinheiro é falso, claro. E eles conseguem escapar com sucesso, claro. E vão ao encontro tão esperado com o “quinto cavaleiro”, o grande mentor anônimo do grupo. A essa altura todos passaram por nossa mente como suspeito, pois qual quer um dos personagens coadjuvantes, aparecem em situações suspeitas.
O desfecho não poderia ser em um lugar mais mágico: um parque de diversões. E, para surpresa geral, o policial Rhodes foi o grande artista. Explicação: o pai dele era um grande mágico (e ele, consequentemente, cresceu no mundo da mágica). Seu pai era parceiro de Bradley (que o traiu revelando os segredos e seus truques) e morreu ao tentar sair de dentro de um cofre que fora jogado em um rio, porque o cofre havia sido feito fora dos padrões (pela empresa do empresário do quarteto). Ou seja, tudo foi uma grande vingança. Ele prendeu Bradley como culpado de todos os roubos e “ferrou” com a vida financeira do empresário.
Mas, não apenas vingança. Ele queria honrar o pai e formar um grupo de mágicos que acreditassem que tudo é possível no mundo da magia, basta emprenho, planejamento e amor à mágica.
Claro que muitas mini-tramas acontecem no decorrer do filme. Detalhes paralelos à trama principal que fazem diferença e são outro atrativo do filme.
Esse filme da Paris Filmes, em minha opinião, é um dos melhores dos últimos tempos: inteligente, intrigante, consegue manter o ritmo de mistérios, ação e suspense do começo ao fim. Merece ser visto.
“Now you don’t”
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