Com o título original de Blindness (2008) é um filme baseado no livro
de José Saramago (Ensaio sobre a cegueira). Produção conjunta de Brasil, Canadá
e Japão (Andrea Barata Ribeiro, Niv Fichhman e Sonoko Skai), dirigida por
Fernando Meireles.
Em uma cidade grande, um motorista japonês
é “atacado” por uma cegueira instantânea bem no meio do transito. Ele é apenas
o primeiro, pois, muito rapidamente, essa epidemia espalha-se por toda a cidade;
levando as autoridades a tomarem uma atitude drástica: isolar todos que estão
contaminados.
Mas, de nada resolve essa medida,
já que a chamada “cegueira branca” (pois todos que a contraem enxergam apenas
uma imensidão de branco) continua a evoluir indiscriminadamente: não há
diagnósticos, paliativos, nem perspectiva de cura.
No entanto, as pessoas confinadas
em quarentena passam a aprender uma nova maneira de viver: despindo-se de
conhecimentos e preconceitos que possuíam, passam a redescobrir como viver e
sobreviver nesse novo mundo brando.
Não existe mais moral, pudores,
regras... Alianças são feitas e o suprimento das necessidades básicas torna-se
prioridade.
Muita gente, pouca comida, as
brigas começam a aparecer. Surge um grupo que quer controlar todos os outros.
Eles tomam posse da comida e a usam para conseguir vantagem sobre os outros
grupos. Se quiserem comer, eles têm que dar tudo o que possuem: inclusive suas
mulheres para que o grupo satisfaça-se sexualmente.
Apenas uma pessoa não é
contaminada: a esposa de um médico. E é ela, decidida a não se afastar do
marido e indo para a quarentena com ele, que cuida do seu grupo, orientando-os
e familiarizando-os com o lugar e com a situação em que se encontram.
Em uma tentativa desesperada para
acabar com as explorações do “grupo dominante”, eles armam um plano de ataque,
mas são surpreendidos pela atitude de alguém que chegou a seu limite (eles
estavam vivendo em condições mais que precárias) e incendiou o local.
Só então percebem que não há mais
guardas e que eles estão livres. Livres? Cegos, sem rumo, famintos grupos de
cegos vagam pela cidade em busca de provisões, abrigo e segurança. A esposa do
médico lidera seu grupo e o conduz para sua casa, permitindo que eles residam
no local.
A tranquilidade de um lar, água,
comida, cama, roupas limpas, tudo parece mágico. Eles, mesmo desprovidos de
visão, enxergam a vida de uma maneira nova. Estão felizes. Aguçam outros
sentidos, permitem-se sentir novas sensações, experimentam novas emoções.
O japonês, primeiro a perder a
visão, começa a recobrá-la. Deixando todos na expectativa de que voltarão a
enxergar, mas, certamente, sua visão não será mais a mesma.
Esse filme nos faz pensar muito
sobre a vida, o “enxergar”, nossos medos, preconceitos. Assisti, pela primeira
vez, há muito tempo atrás e, até hoje, quando o assisto, penso muito sobre
muita coisa.
Fazem parte o elenco desse filme os
atores: Julianne Moore (Os esquecidos, Jogos Vorazes, Corpo em evidência,
Jurassic Park: o mundo perdido, Carrie - o remake), Mark Ruffalo (Colateral,
Zodíaco, Truques de mestre, Os vingadores), Danny Glover (A cor púrpura,
Máquina mortífera, Jogos Mortais 1, 2012), Alice Braga (Cidade de Deus, Cidade
Baixa, Eu sou a lenda, Elysium), Gael Garcia Bernal (Diários de motocicleta,
Cartas para Julieta, Babel).
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