Sociedade dos Poetas Mortos
“Carpe diem”! Essa expressão latina (que significa “aproveite o
dia”) poderia resumir o tema desse filme que tem o ator Robim Williams (Uma babá
quase perfeita; Hook, a volta do Capitão Gancho; Bom dia Vietnã – esse realmente
merece ser visto por todos) no papel do professor John Keating.
Keating, após se formar e lecionar em alguns lugares,
retorna à sua escola de origem (Academia Welton para rapazes (ou Helltown – como
os garotos referiam-se a ela). Ele descobre, logo de início, que, apesar de os
anos terem passado, a escola parou no tempo e segue com o mesmo ensino extremamente
tradicional, limitando-se a formar alunos para reproduzirem conceitos, sem
pensar sobre eles nem questioná-los. Tradição,
disciplina, honra e excelência. Esses eram os pilares da escola.
Ele percebe-se necessário naquele lugar. Principalmente
quando se depara com uma turma de jovens cheios de sonhos reprimidos: Todd
Anderson (Ethan Hawke), Robert Sean Leonard (Neil Perry – o chefe do Dr. House,
na série House), Allelon Rugiero (Meeks), Gale Hansen (Charles Dalton), Josh Charles
(Knox Overstreet), Dylan Kusseman (Cameron) e James Waterston (Pitts).
Charlie (Nuwanda)
Pitts
Suas aulas assustam no início, mas, com o passar do
tempo, os jovens começam a criar um laço de amizade admiração para com o mestre
e descobrem nele uma inspiração para lutarem por seus ideais.
John Keating ensina aos seus alunos a aprenderem de
verdade, não apenas sobre os conteúdos, mas sobre a vida: eles passam a ter
aulas em ambientes fora da sala de aula; questionar e refletir sobre conceitos;
expos suas opiniões, ver a vida sob um novo prisma.
Eles descobrem o anuário do professor e nele encontram
uma indicação sobre a Sociedade dos Poetas Mortos (Dead Poets Society); que era uma espécie de clube onde Keating e
alguns colegas reuniam-se para expressar sua liberdade: ler poesias, compor,
escrever, refletir sobre a vida, serem eles mesmos.
Essa é a gota para a direção tradicional, na figura do
Senhor Nolan, desgostar-se com e arrepender-se da admissão de John Keating. O suicídio
de um dos alunos de Keaton é “a gota” que faltava para que ele fosse expulso da
escola. Mas, sua semente foi plantada e num último gesto de solidariedade,
respeito e carinho, um a um, os alunos que tiveram suas vidas transformadas
pelas ricas aulas de poesia sobem nas carteiras repetindo “oh, capitan, my capitan” (maneira pela qual John era chamado
quando fazia parte da Sociedade dos Poetas Mortos – esse é um momento lindo no
filme).
Esse filme americano de 1989 foi dirigido por Peter
Weir, tem a duração de 128 minutos e é classificado como drama. A história é
cheia de tramas paralelas interessantes, que rendem grandes e proveitosas
discussões em sala de aula. Além da riqueza da história, as citações de
clássicos da poesia americana e inglesa encaixam-se perfeitamente. O tema musical
também é marcante: Ode à alegria.
Assisti a esse filme quando tinha 16 anos e ele mudou
minha vida. Não canso de assisti-lo. Com discussões bem direcionadas ele pode
tornar-se um “divisor de águas” na vida de alunos e professores.
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