Em
um passeio à Paramana (ilha próxima à Madre de Deus), lugar que já conheço há
anos, deparei-me com uma cena já vista muitas vezes, mas à qual nunca foi dada
a devida atenção: jovens “nativos” brincando de dar saltos do cais.
O
impressionante é que eles nomeavam os saltos que realmente eram parecidos com o
que os” atletas da piscina” dão: carpados, esticados, mortal duplo.
Não
sei se pelo fato de eu estar passando por um momento complicado de minha vida,
mas comecei a divagar no que via e pensei: se esses meninos simples, sem treino,
nem orientação técnica conseguem fazer tudo isso, será que com as orientações
técnicas necessárias eles não seriam futuros medalhistas?
Uma
coisa certamente eles têm a mais que os profissionais: humildade. Hoje, a
maioria dos atletas só pensa no dinheiro, nas propagandas que farão, nos
produtos que divulgarão. Se forem homens, nas mulheres que pegarão. Poucos têm,
de verdade, o prazer de representar o país (e olhe que nem sou tão patriota
assim).
Pessoal
(não sei como são chamados os “olheiros de atletas”), prestemos atenção aos
inúmeros cais que existem em nosso Brasil. Neles poderemos encontrar “atletas
de alma”. Acho que é disso que precisamos.
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