Pais que não gostaríamos de ter

PAIS QUE NÃO GOSTARÍAMOS DE TER

Geralmente, a figura paterna é, junto com a materna, uma figura de referência e importância em nossa vida. Ele nos sustenta, nos educa, ensina, orienta, protege, repreende, corrige... É notório que, infelizmente, em nossa sociedade, existem muitos maus exemplos de pais (na verdade, seres que nem devem ser chamados desse jeito): os que maltratam, humilham, estupram, matam e abandonam seus filhos.

Pior que a nossa dura realidade, é quando, no mundo da fantasia (que deveria ser de encanto, alegrias, bons exemplos – já que é um mundo mais voltado para as crianças, e para a fuga dos adultos), nos deparamos com certos pais que “ninguém merece”. Mas, não merece mesmo.

Listo aqui, os que, de acordo com minha visão, são os piores (claro que é possível que existam outros, mas falarei sobre os que conheço e “acompanho”).

Hommer Simpson (da série The Simpsons – Os Simpsons)

Esse exemplifica bastante o ditado de que “uma imagem vale mais que mil palavras”. Comecei pelo pior. Na verdade, um filho de sua esposa Marge. Não tem responsabilidades, trabalha em uma usina nuclear e mantém seu ambiente de trabalho na mais total imundice. Seu tempo livre é dedicado ao Bar do Moe, cerveja Duff e televisão (com o controle remoto na mão, lógico). Colou o pai em um asilo e não gosta de visitá-lo (na verdade, ignora a sua existência). Ridiculariza a inteligência de sua filha Liza, gosta de estrangular seu filho Bart e chamá-lo de “Zé Ruela” (viu, Zé Ruela, você está famoso) e coloca a pequena Maggie para assistir a todo e qualquer tipo de programa. Não fala nada que se aproveite. Seus amigos são alcoólatras. Gosta de levar vantagem em tudo. Em determinado episódio, tentam nos convencer de que ele ficou bobo assim após colocar um lápis cera na narina. Mas, depois de ver tanta asneira, percebe-se que ele sempre foi besta mesmo.

Hugo Neutron (do desenho The adventures of Jimmy Neutron, boy genius – As aventuras de Jimmy Neutron, o menino gênio)

Hugo Neutron é uma incógnita: não se sabe se ele é estúpido ou se faz de estúpido. Ele é o pai do garoto mais inteligente do mundo e nem se dá conta disso (como é possível?). Jimmy tem um laboratório em casa, cria coisas fantásticas, vive emocionantes aventuras e seu pai vive “eternamente” com uma expressão patética no rosto e fala coisas bobas e sem sentido. Mas, esse tem um lado bom: ama sua família e demonstra seu amor. Procura enturmar-se com os amigos de Jimmy (Chin, Caio, Libby, Cindy), está sempre feliz (não importa a situação). É o verdadeiro “bobo da corte”. Apesar de não menosprezar Jimmy, não se pode esperar conselhos, nem orientações dele. A inteligência e maturidade de seu filho estão anos luz à sua frente.

Dino da Silva Sauro (da série Dinosaurs - Família Dinossauros)

A família Silva Sauro, na versão original é a família Sinclair. Essa família tem Dino como a figura do “chefe” (bem primitivo mesmo): ele é quem trabalha e garante o sustento de sua esposa Fran, dos filhos Baby, Bobby e Charlene e, ainda, da sogra Zilda. Como Hommer, adora cerveja e televisão. Até que tenta ser um bom exemplo de pai (tenta conversar, aconselhar), mas sem êxito: geralmente, os filhos nem param para escutar porque “não é a mamãe”. Nem capacidade para dar um nome ao filho caçula ele teve, tanto que o pobre coitado ficou sendo chamado de Baby mesmo. Sua esposa é bem parecida com Marge; diria até que é muito mais equilibrada. E é ela quem acumula, junto com o papel de mãe, o papel de pai dos filhos e de Dino, sempre “puxand-lhe a orelha” quando necessário (ou seja, quase sempre).

Sr. Turner (do desenho The Fairly OddParen - Os padrinhos Mágicos)

Pouquíssimo a falar sobre um personagem que nem nome tem. Sempre é chamado apenas de Sr. Turner. Não sabe que o filho possui padrinhos mágicos (Wanda e Cosmo) e que a babá Vicky faz Timmy sofrer horrores. Mais um “bobo alegre”. No entanto, é amigo, amoroso e preocupa-se com Timmy. Acha que é um excelente pai.

Pelo menos há uma coisa boa nisso tudo: assim como no mundo real, nos desenhos animados as mulheres vêm representando um papel cada vez mais importante. Sem nós, o que seria desses homens?