Em 2007 (quando Madeleine tinha quatro anos), ela foi com sua família para Algarve, Portugal, e durante uma noite em que foi deixada no quarto com os irmãos, desapareceu misteriosamente. Os pais relataram ter ido jantar e, ao retornarem perceberam a ausência da menina de quatro anos.
Kate McCann (anestesista) e Gary McCann (cardiologista), pais de Madeleine verificaram diversas vezes durante o jantar se as crianças estavam bem. E apenas por volta das 22:00h Kate encontrou a cama da menina vazia e que uma da janelas estava aberta e percebeu seu desaparecimento que foi relatado à gerência do Resort Ocean Club, onde estavam hospedados. As autoridades foram acionadas e, em pouco tempo uma verdadeira rede de buscas foi criada na tentativa de descobrir o paradeiro da pequena MCCann.
Madeleine, os irmãos gêmeos e os pais
Pais de Madeleine em campanha pelo encontro da filha
As suspeitas
recaem sobre os pais, principalmente após ser encontrado DNA da garota em um
carro alugado por eles vinte dias após seu desaparecimento.
Para provar sua
inocência e para ajudar nas buscas por Maddie, Kate e Gary investem tudo o que
possuem na contratação de investigadores particulares. Eles criam campanhas por
redes sociais angariando fundos, já que as despesas são muito grandes e
conseguem bastante ajuda de pessoas de todo o mundo.
Começam a surgir
informações falsas afirmando que a menina foi vista em diferentes países. Muito
dinheiro foi empregado em viagens que não geraram nenhum resultado: apenas
especulação. Mas, os pais nunca acreditaram que Maddie estivesse morta nem
nunca desistiram da busca.
Mais de 2,6
milhões de “libras estrelinhas” foram oferecidas pela mídia e por pessoas em geral
(amigos, parentes, simpatizantes da causa), em prol de informações sobre o caso
ou sobre o paradeiro de Madeleine.
Em abril de
2009, investigadores portugueses consideraram a possibilidade de reabrir o caso
por indícios de que a menina havia morrido de morte acidental ao bater com a
cabeça na janela do quarto em que estava. Enquanto observava o pai conversar
com um amigo na rua.
Simulação mais recente de como estaria Madeleine
Esse ano (2013)
o caso foi reaberto em Portugal com novas expectativas e anovas linhas de
investigação. Uma testemunha afirma ter visto um homem nas proximidades do
quarto em que as crianças encontravam-se, em atitude suspeitas (por que só
agora ele resolveu falar?), em um local escuro, recluso. A polícia também acredita
que a menina tenha sido levada em horário posterior ao que foi relatado por sua
família.
Em outubro desse
ano, a polícia britânica divulgou um retrato falado dos possíveis sequestradores.
Suspeitos de acordo com a polícia britânica
Os dados foram
lançados outra vez. Espera-se que agora só se pare com um veredito de
preferência agradável para a família e para a garota. Mas, apenas um veredito
verdadeiro já seria suficiente. Todos precisam descansar nesse caso.
Carlinhos:
Carlinhos na época do "desaparecimento"
Carlos Ramires da Costa
foi sequestrado em sua residência, no Rio de Janeiro, no ano de 1973. Trata-se
de outro caso cheio de contradições e lacunas.
Com dez anos na época
do desaparecimento, Carlinhos era um dos 7 filhos do casal Maria da Conceição Ramires
da Costa (dona de casa) e João Mello da Costa (dono da Indústria Farmacêutica
Unilabor (em Duque de Caxias).
De acordo com relatos
de sua mãe, o garoto foi levado de casa por um homem que deixou um bilhete de
regate, marcando hora, local e valor a ser pago e avisando para não chamarem a
polícia (ela estava em casa sozinha com seus filhos). Como o bilhete acabou
sendo publicado no jornal O Globo, os sequestradores jamais entraram em contato
e Carlinhos nunca mais foi encontrado.
Como tudo que fica
vago, esse caso deu margem a hipóteses de todos os tipos. Inclusive a de que os
pais seriam culpados agindo juntos ou separadamente. E que tudo não passou de
uma grande armação.
Buscas, campanhas, alarmes falsos, pistas falsas... Nada de Carlinhos. Houve tentativa de se deixar o valor do resgate no local combinado, mas ninguém compareceu para buscá-lo.
Pais de Carlinhos na época do desaparecimento do garoto
Além dos pais, houve outros suspeitos no caso:
Mario Frizolla (diretor de uma clínica médica) foi declarado suspeito por ter se oferecido, na época do sumiço de Carlinhos, para comprar a residência dos pais do garoto por Cr$ 60 mil.
O marceneiro Kleber Ramos (que trabalhava na clínica) chegou a ser preso acusado de provocar situações para forçar a família a vender o imóvel. Kleber permaneceu preso por três dias.
José da Silva (também mecânico) compareceu à delegacia, mas não foi reconhecido pela mãe do menino. Ele apresentava algumas desavenças com o pai de Carlinhos por não quitar devidamente uma conta referente a um aparelho de televisão.
Raimundo Pereira Lulu também foi adicionada à lista de suspeitos por ter tentado seduzir Maria Ramirez.
Eu poderia citar aqui uma enorme lista de pequenas prisões, suspeitos, mas a maior prova de que tudo não passou de especulação é o fato de que Carlinhos nunca mais foi encontrado (vivo ou morto).
Simulação de como estaria Carlinhos
Contradições mil existem no caso. Mas, há ainda a esperança de que um dia, algo concreto esclareça o caso. O grande problema é que muitas testemunhas, suspeitos e evidências já se perderam, afinal o caso aconteceu em 1973 e estamos em 2013.
Aracelli:
Aracelli Cabrera Sanches Crespo nasceu em 1964 e foi
assassinada em 1973, em Vitória, Espírito Santo. Seu corpo foi encontrado
apenas seis dias após a sua morte, desfigurado e com indícios de abuso sexual.
Filha de Gabriel Crespo e de Lola Sanches (boliviana),
Aracelli vivia na antiga Rua São Paulo, com seus pais e irmã, rua que hoje é
conhecida como Rua Aracelli Cabrea Crespo em sua homenagem (no bairro de Fátima,
Espírito Santo).
Tudo ia bem até que um dia a garota não retornou para
casa no horário habitual após a escola (Colégio São Pedro). Os pais
desesperaram-se pensando em sequestro e as buscas começaram. Como nos casos dos
tipos cartazes com foto da menina foram espalhados pela cidade.
Seis dias após o seu desaparecimento, o corpo de
Aracelli foi encontrado nos fundos do Hospital Infantil de Vitória (ela sumiu
dia 18 e seu corpo só apareceu dia 23 de maio de 1973).
Hipóteses não faltam para explicar o desaparecimento e
o crime. Mas, existem duas principais:
Uma diz que a menina fora enviada pela mãe para
entregar um envelope a Jorge Michelini (que era tio de um dos suspeitos –
Dante). Essa hipótese diz que, ao chegar ao local da entrega, Aracelli foi drogada
pelos suspeitos, que a estupraram e a mataram em um apartamento do Edifício
Apolo.
Outra diz que Aracellli (no dia do seu desaparecimento)
aguardava seu ônibus de volta para casa, quando Paulo Helal passou em seu Mustang
Branco oferecendo-se para levá-la para casa.
Provas foram apresentadas de que a jovem ficou em
cárcere privado durante 48 horas, no porão e no terraço do bar Franciscano, que
era de propriedade da família de Dante Michelini (pai de Dantinho, um dos
suspeitos).
Afirma-se que os suspeitos fizeram uso de drogas e
morderam a menina arrancando pedaços de sua carne (seios, barriga, vagina). Ela
não resistiu aos ferimentos e morreu depois de agonizar bastante.
Tentando livrar-se das evidências, jogaram ácido no
corpo para dificultar a identificação. E, finalmente, o corpo foi atirado em um
terreno próximo ao Hospital onde foi encontrado.
Os suspeitos eram filhos de famílias ricas e
influentes do Espírito Santo. Paulo Constanteen Helal (Paulinho) e Dante
Michelini Júnior (Dantinho). Claro, estamos no Brasil. Se hoje o dinheiro fala
alto, imaginemos há anos atrás: o dinheiro “gritava”. As famílias dos “rapazes”
contrataram os doze melhores advogados de Vitória da época, na busca de
eliminar as evidências do crime. Eles foram condenados a 18 anos (Dantinho) e 5
anos (Paulinho) de reclusão, mas a sentença foi anulada (1980).
Em 1991, em um novo julgamento, eles foram absolvidos
e o caso foi dado como encerrado.
Especula-se, no entanto, que a mãe de Aracelli teve
envolvimento na morte da jovem pois ela era contato de traficantes de drogas na
rota Brasil-Bolívia, e usava a menina como “mula”.
Pessoas envolvidas na investigação desse crime
morreram assassinadas, como o sargento José Homero Dias, que estava prestes a
finalizar as investigações quando foi alvejado nas costas.
Aracelli só foi sepultada três anos após sua morte, na
cidade de Serra, no Cemitério Municipal.
Foi lançado até um livro sobre o caso (que,
provavelmente, já está fora de catálogo) intitulado Aracelli, meu amor, de
autoria de José Louzeiro. Esse livro fala que 14 pessoas (testemunhas e pessoas
interessadas em elucidar o caso) foram mortas.
Jonbenét:
Tento mas não consigo ser imparcial, sempre tem algo que me chama mais atenção ou que me marca mais. E esse é, sem dúvida alguma, um caso que me choca até hoje. Li tudo sobre ele (em português, inglês, espanhol, até o FBI profile). Tenho minhas suspeitas, mas não pretendo externá-las, pois são apenas suspeitas de uma curiosa.
Acredito que, ao terminar de ler, os mais sensíveis como eu derramarão lágrimas. Principalmente porque ela foi morta de uma maneira tão brutal e sem sentido que dói em qualquer um. E o pior até hoje não se sabe com certeza quem cometeu o crime e o que o motivou.
Jonbenét Patricia Ramsey, mundialmente conhecida por participar de concursos de beleza para crianças, representa mais um dos casos de crimes sem solução.
De acordo com relatos da mãe,
ao descer as escadas pela manhã, ela encontrou um bilhete de resgate (exigindo
118.000 dólares) e ligou, imediatamente para a emergência relatando o
desaparecimento de sua filha. Sendo que o resgate falava claramente que a
família não deveria, em hipótese alguma, entrar em contato com a polícia, ou a
menina morreria.
A casa logo foi invadida por
vizinhos, familiares, amigos. Assim, quando a polícia chegou pessoas já haviam
circulado pela cena do crime (na época, afirmou-se que isso não comprometeu em
nada as investigações – coisa que eu duvido).
Começou, então, uma busca pela
casa e, após revistarem vários cômodos, o corpo de Jonbenét foi encontrado na
adega, após 8 horas do seu desaparecimento. A menina havia sido estrangulada
com uma corda de nylon, tinha marcas de perfuração no pescoço, crânio fraturado,
sinais de abuso sexual e a boca vedada com fita adesiva. Estava coberto por um
lençol e havia uma espécie de coração desenhado em uma de suas mãos. Causa da
morte: asfixia por estrangulamento associada a traumatismo craniano.
No local, havia uma pequena janela
aberta, dando a entender que o assassino (a) havia entrado e saído por ali. Seu
corpo foi retirado do local em que foi encontrado pelo próprio pai
(estranho!!!!!). Não é a perícia que cuida da remoção do cadáver?
Na autopsia, foi descoberto
que Jonbenét havia comido abacaxi poucas horas antes de ter sido assassinada.
Os pais sempre foram os
principais suspeitos. Principalmente a mãe. A polícia parece que não atuou
devidamente de propósito, deixando a cena do crime ser contaminada por tantas
pessoas circulando no local.
O bilhete de resgate
apresentava inúmeros erros de ortografia, sintaxe, regência, concordância que
os peritos afirmaram ter sido propositais. Além do fato de o valor pedido ser o
valor exato de um dinheiro que John acabará de receber de uma transação de
negócio. Especialistas afirmaram também que o bilhete foi escrito por uma
mulher.
Mr.
Ramsey: Listen Carefully! We are a group of individuals that represent a small
foreign faction. We respect your business, but not the country it serves. At
this time, we have your daughter in our possession. She is safe and unharmed
and if you want her to see 1997, you must follow our instructions to the
letter. You will withdraw $118,000 from your account. $100,000 will be in $100
bills and the remaining $18,000 in $20 bills. Make sure that you bring an
adequate size attache to the bank. When you get home, you will put the money in
a brown paper bag. I will call you between 8 and 10 a.m. tomorrow to instruct
you on delivery. The delivery will be exhausting so I advise you to be rested.
If we monitor you getting the money early we might call you early to arrange an
earlier delivery of the money and hence a [sic] earlier pickup of your
daughter. Any deviation of my instructions will result in the immediate execution
of your daughter. You will also be denied her remains for a proper burial. The
two gentlemen watching over your daughter do not particularly like you so I
advise you not to provoke them. Speaking to anyone about your situation, such
as police or F.B.I. will result in your daughter being beheaded. If we catch
you talking to a stray dog, she dies. If you alert bank authorities, she dies.
If the money is in way marked or tampered with, she dies. You can try to
deceive us, but be warned we are familiar with law enforcement countermeasures
and tactics. You stand a 99% chance of killing your daughter if you try to
outsmart us. Follow our instructions and you stand a 100% of getting her back.
You and your family are under constant scrutiny, as well as the authorities. Don't
try to grow a brain John. You are not the only fat cat around so don't think
that killing will be difficult. Don't underestimate us, John. Use that good,
Southern common sense of yours. It's up to you now John! Victory! S.B.T.C.
Cópia do bilhete de resgate
Novas investigações realizadas esse ano (o caso foi reaberto várias
vezes) culpam os pais por exploração infantil, já que a menina tinha um “trabalho”
como “rainha mirim da beleza”.
Mas, tudo continua igual: Patricia morreu de câncer em 2006; John casou
outra vez e formou uma nova família; Burk isolou-se, não tem contato com o pai
e evita falar sobre a morte da irmã e Jonbenét está morta para essa vida, mas
viva na lembrança de todos que clamam por justiça em todos os países e nos mais
diversos casos.
Que todos esses anjos, onde quer que estejam, estejam em paz. E
que Deus tenha misericórdia das “bestas” que cometeram esses crimes tão
assustadores.