Preciosa: uma
história de esperança.
Quando criei
esse blog, minha intenção era falar sobre filmes, seriados, Agatha Christie,
trabalhos que já apresentei nas Faculdades (fiz três). Mas, minha rotina de
trabalho e problemas pessoais, não me permitiram. Hoje, no entanto, tomei
aquele impulso (não é promessa de Ano Novo, pois odeio Ano Novo e odeio mais
ainda esse lance de promessa; é a penas mais um dia de vida, temos apenas que
agradecer a Deus por estarmos vivos – aprendi isso dá pior maneira possível).
Dessa forma,
decidi escrever sobre as coisas que realmente sempre quis (já que aqui sou
livre para isso). Não que as coisas sobre as quais tenho escrito não sejam do
meu interesse. Aqui sou eu de verdade. É isso que mais amo nesse blog e
agradeço a Dri (www.minhavelhaestante1.blogspot.com), que foi quem mais me incentivou a criá-lo, e a minha terapeuta, que
disse que eu tinha que “colocar para fora” as coisas que tinha guardadas só
para mim.
Começarei
falando sobre filmes que todos os meus colegas professores podem e devem usar
em sala de aula, pois trazem mensagens interessantes e abrem caminhos para
discussões dos mais variados tipos, estimulando os alunos a exercitarem sua
capacidade de interpretação e reflexão sobre o que assistem e sobre a vida.
Inicio com um
filme que é um dos meus prediletos (foi amor à primeira vista). Lembro que
larguei a praia (quem me conhece sabe o quanto uma boa praia significa pra mim)
para ir ao cinema na estreia desse filme.
Falemos, então, sobre Preciosa: uma história de esperança (cujo título original é apenas Precious).
Conta a sofrida
história de Clareece Precious Jones, uma adolescente que já nasceu condenada ao
sofrimento, pois, além da vida pobre, foi violentada pela pai, de quem teve
dois filhos (um menino e uma menina com Síndrome de Down).
Sua mãe nunca
lhe perdoou por isso. Ao contrário, achava que ela era culpara pelos estupros e
pela partida do seu marido. E, por isso, humilhava, espancava, maltratava
Preciosa de todas as formas, dizendo-lhe que ela não prestava para nada e que
ninguém nunca lhe daria atenção.
Mãe de Preciosa (Oprah)
A vida da garota
muda quando ela conhece a professora Ms. Rain (além de colegas que se tornam
amigas, do enfermeiro John e até da assistente social), que lhe mostra que ela
é capaz de tudo, que seus sonhos não têm limites. Preciosa, então, aprende a
ler, escrever (cria, com a orientação da professora, um diário onde registra tudo sobre sua vida) e a estabelecer objetivos e lutar por eles.
Preciosa e amigas de escola
Mesmo contraindo AIDS do pai e sabendo que seu tempo de vida pode ser mais limitado que o normal, ela decide criar os seus filhos, procurar emprego e começar a viver de verdade.
Esse filme conta com a participação de Oprah Winfrey (mãe de preciosa- papel forte e muito bem interpretado), Mariah Carey (assistente sociação), Mo’Nique (Mary), Gabourey Sidibe (Preciosa, em seu primeiro papel no cinema), Lenny Kravitz (enfermeiro John).
Um dos momentos mais marcantes desse filme para mim, é quando ela, em meio a tanto sofrimento, fala que tem esperança, porque não é possível que nada aconteça. "Algo tem que acontecer". Outra coisa interessante, é que, em momentos de grande sofrimento, ela consegue transportar-se para um mundo seu: glamour, festas, todos a idolatrando, ela sendo feliz (é algo meio Poliana).
É uma produção
da PlayArte e conta com a direção de Lee Daniels. É baseado em um livro homônimo.
E foi lançado em 2010. Ficou pouquíssimo tempo nos cinemas (creio que apenas
uma semana). Mas, mesmo assim, recebeu dois Oscar: melhor atriz coadjuvante (Mo’Nique)
e melhor roteiro adaptado). É um filme dos Estado Unidos e é classificado como
drama. Tem a duração de 109 minutos.
Não quero nem
posso ensinar como se trabalhar filmes em sala de aula, mas um conselho: não
basta assistir, pois isso os alunos fazem em casa. É preciso orientar um
discussão sobre os temas abordados nos filmes, tentando relacioná-los à nossa
realidade (nossa e deles), ao nosso dia-a-dia, fazendo-os pensar sobre o fato
de que sempre há escolhas na vida e todas elas geram consequências.
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