Quanto mais convivo com os seres humanos, questiono-me
se somos realmente humanos. As pessoas esquecem-se de que todos nós temos
direito a uma opinião e a tomar atitudes por conta própria; sendo que essas
atitudes estão sujeitas a julgamentos de “certas” ou “erradas”. JULGAMENTOS. Não significa que eles
possam realmente qualificar uma atitude.
Imaginemos que eu tivesse passado pelos sofrimentos de
uma infância pobre: que meu pai tivesse me abandonado; que eu tivesse passado
fome e frio; que minha família tivesse sofrido muito para me sustentar. Mas,
que eu tivesse usado o sofrimento como mola, impulsionando, assim, minha gana
pelo estudo e por proporcionar à minha família tudo o que não tive, como uma
forma de retorno. Prova de vitória.
Até ai, seria uma bonita história de luta e superação.
Mas, se eu me tornasse arrogante ao extremo,
acreditando ser o dono da verdade inquestionável? Muitas vezes grosseiro. O “deus”
do meu mundo e dos que me cercam (mesmo que esses sejam obrigados a fazê-lo;
não me cercam por prazer nem vontade). Julgando, criticando e classificando os discursos,
posicionamentos, atitudes e comportamentos alheios.
Acorde!!!!! Hello?!!!!!!!
A escravidão e ditadura acabaram-se há
muito tempo atrás (mesmo que a não existência delas seja pseudo, existe uma pseudo não existência).
Toda prosperidade sem humildade não vem de Deus. E,
sem Deus, nada existe de verdade. Por isso, prefiro ficar aqui: em “minha
concha”. Dela, observo tudo, reflito, comento comigo mesma, mas não humilho ningém porque sei que não tenho esse direito. Vendo
atitudes de pessoas frustradas como tenho visto ultimamente, lembro-me da
criação que tive e agradeço a Deus por minha família: meus pais não me criaram
perfeita (nem poderiam, só existe um ser perfeito, e Ele, em sua grandeza, não
julga seus filhos), mas criaram-me para desenvolver a capacidade
de reconhecer que sou passível de falhas e que devo aprender com elas, sempre.
Obrigada meu Deus por minha família e pela criação que
tive.
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